terça-feira, 10 de junho de 2008

Fazer da vida a ternura


Para este Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, mas também do Anjo da Guarda de Portugal, e dois dias apenas após a Homenagem da terra natal, Lijó – Barcelos, a João do Vale Ferreira, pareceu-me que teria cabimento ofertar a todos o Ramo de Rosas que ele queria que fosse a sua vida e a de todos os que aspiram a viver com alegria e na alegria de ser portugueses e católicos. Tal ramo é feito de:

Verdade/ pureza de sentimentos/ amor/ ternura/ naturalidade/ humanidade

Para este antigo aluno dos seminários, professor do ensino secundário, jornalista e poeta, enamorado do nosso Vate, a palavra ternura, obsessivamente presente na maioria dos seus poemas, exprime o que Tolentino Mendonça afirma da providência segundo a fé de Israel, citando Jer 31, 20: «A fé de Israel descreve o omnipotente Senhor do Mundo, na Sua Providência, com entranhas maternas, seduzido pelas manifestações do amor filial, profundamente enternecido…. É por isso que minhas entranhas se comovem por ele e, por ele, transborda a minha ternura». (A Leitura Infinita, p. 69).
Tal como, citando Ravasi, afirma do autor do salmo 65, também eu diria que Vale Ferreira: «o poeta se deixou contagiar pela ternura de Deus». (O. C. p. 71)
Sirva de aperitivo aos seus muitos, belos e bons poemas, o refrão do Hino à Senhora da Abadia de Lijó:

Ó Senhora da Abadia,
Minha Ternura em Poema,
Quero amar-vos, noite e dia,
No fascínio e no dilema

(Carlos Nuno Vaz)

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