terça-feira, 2 de setembro de 2008

Para Te servir

Sendo este o Ano Jubilar Paulino, é natural ter presente o Apóstolo dos povos: o seu ardor, a sua incansável peregrinação missionária, a sua pregação aos gentios (oportuna e inoportunamente), a sua ousadia e destemor…
A propósito, veio-me à lembrança um poema que escrevi, há mais de uma dezena de anos, num momento de enorme ardor apostólico. Ouso partilhá-lo hoje convosco. Julgo que ele diz bem o ardor que já nos possuiu, a todos nós, em algum momento. E ainda possui! Por isso cá estamos… Uma chama destas não se extingue facilmente! Mas… como todas as chamas sujeitas aos efeitos das “intempéries”, sofre oscilações na sua intensidade… De vez em quando, precisa de ser espevitada…


Para Te servir!


Para te servir, Senhor,
eu queria ser
ponte, estrada, rio,
luz do sol ao nascer,
vento, calor e frio,
nuvem no céu a correr…

Se eu fosse ponte levaria,
tanta gente para o Teu lado
que, por certo, ficaria
deserto o outro lado!

Se eu fosse luz do sol ao nascer
faria com que te vissem
mesmo os que Te não querem ver!

Se eu fosse vento, calor e frio
temperaria as paixões
que são causa de tanta guerra
e suavizaria os corações
de todos os povos da Terra!

Se eu fosse nuvem no céu a correr
cobriria a maldade do homem
que Te causa tanta mágoa
e choraria por ele
até secar minha água!

Para te servir, Senhor,
eu queria ser
ponte, estrada, rio,
luz do sol ao nascer,
vento, calor e frio,
nuvem no céu a correr…

Carminda de Sousa Marques
(in Deixa-me falar de Ti! 2ª edição AO, 2003)

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