terça-feira, 9 de setembro de 2008

Correcção fraterna

Prolongando os ecos do evangelho do 23º Domingo, partilho estas reflexões de Atilano Alaiz, em «El Don de la Palabra – Ciclo A», pp. 222 – 223:
«Somos responsáveis dos outros diante de Deus. Esta responsabilidade leva consigo a exigência de ajuda em duas direcções: corrigindo e animando. Tão importante ou mais que corrigir é animar o grupo, a comunidade, a família… O irmão necessita da nossa aprovação, da nossa palmada no ombro. Não se trata de adular, mas de estimular.
O membro da família ou da comunidade necessita que lhe reconheçamos os seus carismas, que lhe agradeçamos os seus serviços e o testemunho da sua generosidade; que o confirmemos nos seus esforços, que o alentemos nas suas dificuldades, que valorizemos a sua pessoa e o seu actuar.
A correcção fraterna é uma instância da caridade pessoal e do crescimento comunitário. É uma palavra que o Espírito põe nos nossos lábios para que sejamos mediadores de salvação. Converte-se em palavra de perdição quando degenera em murmuração…..
Que dizer da correcção entre familiares e amigos? Não é certo que, na sociedade, desgraçadamente, muitos adulam por diante e criticam por detrás? Próprio do cristão é ter coragem para corrigir fraternalmente por diante, e elogiar por detrás.
Afirma o bispo Casaldáliga: «Feliz aquele que sabe que seguir a Jesus é viver em comunidade, sempre unido ao Pai e aos irmãos. Não te enganes: quem se afasta da comunidade em busca de vantagens pessoais, afasta-se de Deus; quem procura a comunidade, encontra o Senhor».

Carlos Nuno Vaz

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